google.com, pub-9766363012448482, DIRECT, f08c47fec0942fa0 O 1 Kg não será mais o mesmo em 2019

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Mestre em Engenharia dá sua opinião sobre essa mudança.

Entenda o por que de a massa quilograma não ser mais a mesma coisa a qual conhecemos.

Não só o quilo será diferente, mas todas as quatro unidades mudarão seu conceito.

O quilograma é uma das quatro unidades básicas do SI (sistema internacional de unidades), juntamente com o Kelvin (K), Ampere (A) e Mol (mol), que foram definidas como padrão em 1960, porém já existem há mais de cem anos.

Renato De Marchi Vieira Dos Santos é mestre em engenharia e tem formação em várias áreas das ciências (no final da matéria temos seu currículo acadêmico).

"Ao longo dos anos utilizamos unidades de medidas comparativas. O quilograma por exemplo, refere-se à massa padrão de um objeto guardado em um museu na França. Como há 137 anos não havia os estudos de física moderna, foi utilizado esse método para estabelecer a medida." Explica o professor.

Réplica computacional do quilo original
O quilograma foi definido por ser a massa equivalente a um cilindro de 4 centímetros feito de platina e irídio (como mostra a réplica computacional na figura ao lado) na Inglaterra e está guardado em um cofre no Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) na França desde 1889.

Porém, todos os objetos conhecidos, feitos com qualquer elemento da tabela periódica, com o tempo perdem átomos ou absorvem moléculas do ar. Então não é um conceito seguro definir uma unidade a partir de objetos. E como podia ser diferente, esse objeto quilo já perdeu 50 microgramas em 100 anos de existência, ou seja, cerca de 0,00005 gramas, sensivelmente o peso de um grão de areia.

Renato ainda complementa: "Com o avanço da ciência e novas descobertas os cientistas ficaram um tanto incomodados de utilizar comparativos físicos para unidades de medida."

Assim, como todas as balanças do mundo tem sua graduação de acordo com esse “quilo original”, podem geram dados errôneos.

Balança de Watts
Uma constante, ou seja, um dado de número exato como o π (Pi; 3,1415...) ou a aceleração da gravidade g (9,8...), nos traz um cálculo muito mais exato do que um número baseado em um objeto físico. Por isso a medida da massa será definida com um instrumento chamado de “Balança de Watts”, que permite comparar em duas experiências separadas, a energia mecânica com a eletromagnética.

Haverá uma Conferência Internacional de Pesos e Medidas que definirá as constantes em novembro de 2018.

Isso faz com que a maneira de medir o quilo daqui para frente não mude, como pode ocorrer com um objeto físico.


Essa mudança não muda nada na vida das pessoas em geral, mas acrescenta em muito na vida acadêmica. "Efetivamente não muda no contexto. Mas os novos artigos científicos e outras publicações poderão ser melhor comprovadas com os novos padrões. Muda apenas no quesito referência."


AS OUTRAS UNIDADES TAMBÉM MUDARÃO

O ampere também mudará a maneira de medição.

Será medido com uma bomba de elétrons que gera corrente mensurável, na qual os elétrons individuais poderão ser contados.

O Kelvin será definido pelo novo sistema de termometria acústica. Essa técnica permite determinar a velocidade do som em uma esfera cheia de gás a uma temperatura fixa.


Réplica do quilo original (à esquerda) duplamente protegido e esfera de silício (à direita)
O mol é definido hoje como a quantidade de matéria existente em 0,012 kg de carbono -12. (Perceba que é utilizado o sistema kg para mensurar o Mol). Futuramente será definido como a quantidade precisa de átomos em uma esfera perfeita de silício puro -28.

Perguntado se ele acredita que outras unidades como o metro ou o segundo poderiam sofrer mudanças, Renato é bastante otimista: "Efetivamente sofrerão a mesma mudança. Se você observar as recentes descobertas da física moderna já é possível perceber que os cientistas já utilizam métodos de constantes para definir suas unidades."

Resumo curricular do Mestre Renato De Marchi Vieira Dos Santos.

Graduação em Engenharia Química e Licenciado em Química. 

Pós-Graduação (Lato Sensu) em Engenharia de Produção, Gestão de Projetos com ênfase
Profº MSc Renato De Marchi Vieira Dos Santos
no PMI, Psicopedagogia, Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia de Sistemas e Engenharia de Petróleo e Gás. 
MBA Executivo em Gestão de Produção e Qualidade. 
Mestrado (Stricto Sensu) em Engenharia Mecânica. 
Pós-graduando (Lato Sensu) em Automação Industrial. 
Atuação como docente em nível superior em Engenharias. 
Professor coordenador dos cursos: Engenharia da Computação, Engenharia Química e Engenharia Mecânica da Faculdade ESAMC Santos. 
Sócio efetivo da Associação Brasileira de Engenharia Química - ABEQ, da Sociedade Brasileira de Química - SBQ, American Institute of Chemical Engineers - AIChe e da Sociedade Brasileira da Computação. 
Membro da The American Society of Mechanical Engineers - ASME e do Project Management Institute - PMI. 
Possui as certificações CAPM (Certified Associate Project Manager) do Project Management Institute - PMI, ITIL Foundation V3 da Axelos Global Best Practice e Lean Six-Sigma White Belt da EDTI - Especialistas em Six Sigma.

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