google.com, pub-9766363012448482, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Reestruturação da Engenharia Pelo CNE Pode Transformá-la Em Tecnólogo

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Há um ano o Conselho Nacional de Educação (CNE) vem estudando a possibilidade de reestruturação (novamente) dos cursos de Engenharia. Isso para tornar mais atrativos os cursos de engenharia.

Digo novamente porque em 2005 já houve uma "enxugada" na grade da engenharia. O curso contava com uma média de 4400 horas/aula e passou a ter 3700 horas/aula. Ou seja, de seis anos de curso, passou a ter cinco anos.

A reestruturação pretende formar engenheiros mais empreendedores, com uma base curricular voltada bastante para os negócios, como já acontece em várias faculdades privadas pelo país.

Segundo o CNE, os maiores problemas do curso de engenharia estão situados na carga horária das matérias teóricas deixando para trás a prática.



Há quem diga que as Universidades brasileiras deveriam se espelhar na faculdades da Europa ou dos Estados Unidos, como no caso da Faculdade de Engenharia Franklin W. Olin, em Massachusetts, que em pouco mais de vinte anos (foi inaugurada em 1997), registrou maior e coesão entre engenheiros e as exigências do mercado, isso porque nessa IES os alunos calouros ao invés de estudarem matemáticas e ciências nos primeiros semestres, já partem para criação de projetos.

O que está tentando ser feito é diminuir ainda mais as horas/ aula dos, atualmente, cinco anos para quatro ou menos.

Um curso tecnólogo hoje em dia dura três anos.

Porém, para que isso aconteça no Brasil, tem que se mudar a formação básica dos jovens, ainda no ensino médio.


Hoje os adolescentes aptos a ingressar numa faculdade saem do ensino médio sem saber para que serve a fórmula de Bhaskara, ou sequer sabem a aplicação das Leis de Newton.


É preciso investir na base antes que mudar as grades das faculdades.

Conversamos com o Professor Mestre em Engenharia Renato De Marchi Vieira dos Santos sobre o assunto. Ele comentou sobre as diferenças entre a época em que se formou e os estudos atualmente: " Me formei em 2007. A diferença que vejo hoje está relacionado ao acesso à informação. A internet era quase inexistente, cara e lenta. Hoje temos simuladores de processo, por exemplo e vários bancos de dados digitais que dão ferramentas tecnológicas bem avançadas para a engenharia. Nosso curso formava muito o famoso engenheiro calculista e não tinha conceitos sobre oportunidades de melhoria e performance, gestão de negócios e interdisciplinaridade como se vê hoje nos cursos de engenharia. Fazíamos cálculos de processos industriais de 4 ou 5 páginas cada exercício mas não tinha uma aplicação ou não sabíamos de fato o que estávamos fazendo. Hoje tudo pode ser determinado por meios e conceitos tecnológicos de modo mais rápido e efetivo."

O professor disse que a reestruturação pode ser boa se o intuito for suprir a demanda do mercado de trabalho, mas se for só para satisfazer desejos econômicos das universidades particulares será uma verdadeira demência.

Sobre o tamanho da grade de aulas, o professor diz ainda ser pequena: "Na graduação vemos apenas os fundamentos de todos os conceitos. As explorações e experimentações de novos conceitos devem ser mais amplamente explicitados aos alunos e deixar o futuro profissional muito mais confiante. Pegue qualquer livro da área técnica de engenharia e você verá o volume de páginas. Disso tudo, passamos apenas os fundamentos para que o profissional possa ao menos saber onde encontrar sua informação."

Hoje temos o conhecimento de que o engenheiro é multidisciplinar, podendo atuar em diversas áreas, tanto técnica quanto econômico-administrativa.

"O engenheiro deve ser um estrategista, solucionador de problemas (e por que não conflitos) e também sempre atuar de modo a melhorar continuamente. De nada adianta projetar algo se ele não for economicamente viável, por exemplo. O conhecimento de gestão e administração é atributo "sine qua non" de um engenheiro" Complementa Renato.


Professor MSc Renato de Marchi Vieira dos Santos
Assim como em qualquer área do conhecimento, o profissional nunca poderá parar de estudar e buscar sempre aprender mais,o Mestre aponta que o engenheiro em especial, deve redobrar o nível de busca de conhecimento, uma vez que a tecnologia está sendo atualizada dia após dia. "Deve-se sempre ser crítico à sua própria formação profissional e cabe aos futuros engenheiros sempre buscar uma melhor forma de aprender, se qualificar e ter um currículo competitivo, tanto em idéias quanto de construção de novos conhecimentos."

O Professor Renato tem Graduação em Engenharia Química e é Licenciado em Química. Especializações em Engenharia, Gestão e Educação. Mestrado em Engenharia Mecânica. Doutorando em Engenharia de Processos. Atuação como docente em cursos de engenharia. Professor coordenador dos cursos: Engenharia da Computação, Engenharia Química e Engenharia Mecânica da Faculdade ESAMC Santos. Sócio efetivo da Associação Brasileira de Engenharia Química - ABEQ, da Sociedade Brasileira de Química - SBQ, American Institute of Chemical Engineers - AIChe e da Sociedade Brasileira da Computação. Membro da The American Society of Mechanical Engineers - ASME e do Project Management Institute - PMI. Possui as certificações CAPM (Certified Associate Project Manager) do Project Management Institute - PMI, ITIL Foundation V3 da Axelos Global Best Practice e Lean Six-Sigma White Belt da EDTI - Especialistas em Six Sigma.

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